segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Reabilitação motora: o que é?

O que é a reabilitação?
É um processo global e dinâmico orientado para a recuperação física e psicológica da pessoa portadora de deficiência, tendo em vista a sua reintegração social.
Está associada a um conceito mais amplo de saúde, incorporando o bem-estar físico, psíquico e social a que todos os indivíduos têm direito.


Qual a abrangência da reabilitação?
Para uma plena realização, as acções de reabilitação devem abranger campos complementares, como a saúde, a educação, a formação, o emprego, a segurança social, o controlo ambiental, o lazer, entre outros.


Como surgiu a reabilitação?
A reabilitação teve grande impulso e desenvolvimento no século XX, sobretudo no período posterior às grandes catástrofes mundiais, como foram as guerras. Foram, então, imputados aos governos os custos económicos, familiares e sociais decorrentes das lesões e sequelas dos seus cidadãos e exigidas medidas de reparação e integração.


Em que situações é necessária a medicina física e de reabilitação?
Doenças crónicas – Nas sociedades modernas, a melhoria das condições de vida, os avanços médico-cirúrgicos e a promoção e a generalização dos cuidados de saúde levaram ao aumento da longevidade e, como tal, ao progressivo crescimento do número de idosos. Paradoxalmente, ampliou-se, a par do aumento da esperança de vida, o número de doenças crónicas, frequentemente incapacitantes.
Sequelas neurológicas ou lesões derivadas da gestação e do parto – Os progressos na protecção materna e infantil permitem, hoje em dia, por seu turno, salvar crianças que sobrevivem com graves sequelas neurológicas ou outras lesões.
Acidentes de trânsito e de trabalho – A evolução tecnológica e as alterações nos estilos de vida têm levado ao surgimento de um elevado número de deficientes, vítimas de acidentes de trânsito, de trabalho e de doenças cardiovasculares, em idades cada vez mais jovens e produtivas.  


Quais são os profissionais responsáveis pela reabilitação? 
Para ser bem sucedida, a reabilitação deve envolver uma equipa multidisciplinar, composta por:
  • Fisiatras;
  • Enfermeiros;
  • Fisioterapeutas;
  • Terapeutas ocupacionais;
  • Terapeutas da fala;
  • Secretárias clínicas;
  • Auxiliares de acção médica;
  • Assistentes sociais;
  • Psicólogos.

Constituindo um trabalho integrado de diferentes profissionais, estes devem estabelecer uma estratégia com objectivos comuns e desenvolver acções convergentes e sinérgicas. Interessa por isso à maioria das áreas médicas, particularmente quando estão em causa situações potencialmente incapacitantes.
A Medicina Física e de Reabilitação surge como uma área de especialização médica, para responder à necessidade de apoiar as várias especialidades de forma global ou diferenciada. Procura contribuir, de modo científico, para a reabilitação/recuperação do indivíduo afectado funcionalmente por uma doença ou traumatismo.


Onde posso encontrar serviços de Medicina Física e de Reabilitação?
Em alguns hospitais, nos Institutos de Oncologia e em algumas estâncias termais.
Os centros de saúde são, por excelência, os responsáveis pela prevenção da incapacidade e pela orientação adequada do utente.
Nos serviços hospitalares são assistidas, sobretudo, as situações potencialmente mais incapacitantes.
Os centros de reabilitação são centros pluri ou monoespecializados dirigidos ao apoio aos grandes deficientes.
A criação dos serviços de reabilitação depende das características da população a que se destina e dos objectivos da estrutura em que está inserido.


O que são centros de reabilitação?
São estruturas vocacionadas para a resolução de casos mais graves, mas com potencial de recuperação e reabilitação, implicando a necessidade de tempos de intervenção mais prolongados (regime de internamento) e a intervenção de uma equipa de reabilitação multidisciplinar.


Como se processo a reabilitação?
  • Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e incapacidades existentes;
  • Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação;
  • Planeamento e prescrição do tratamento;
  • Coadjuvação e apoio das diferentes acções médico-cirúrgicas;
  • Prevenção do descondicionamento físico e psicológico, bem como todas as sequelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados;
  • Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração natural;
  • Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais;
  • Promoção da integração socioprofissional.
Fonte de informação: PORTAL DA SAÚDE
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm

Ana Moreira

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