segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Edifícios públicos com nota negativa nas acessibilidades

A maioria dos edifícios públicos analisados anonimamente pela associação Deco chumbou na avaliação das acessibilidades a pessoas com deficiência motora ou mobilidade reduzida, tendo a associação chegado à conclusão que existem verdadeiros "muros intransponíveis" nesta matéria.


Edifícios públicos com nota negativa nas acessibilidades
foto JOSÉ CARMO/GLOBAL IMAGENS
Edifícios públicos pouco acessíveis
A investigação da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, que vai ser divulgada na revista "Proteste" do mês de Fevereiro, passou por 33 edifícios públicos em cinco cidades de norte a sul do país, entre Braga, Coimbra, Lisboa, Porto e Setúbal.
Dos edifícios investigados, 18 são das Finanças, dez da Segurança Social e cinco são Lojas do Cidadão e o objectivo em todos eles foi verificar a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, tendo por base a lei portuguesa e o Conceito Europeu de Acessibilidade.
"As conclusões do nosso estudo são esclarecedoras: 23 dos 33 edifícios que visitámos chumbaram na nossa avaliação", revela a Deco, acrescentando que Portugal está "muito longe de uma sociedade sem obstáculos físicos, culturais e comportamentais".
No edifício das Finanças em Braga, por exemplo, "a porta da entrada bloqueia o acesso à rampa"; na Segurança Social das Olaias, em Lisboa, a entrada não tem rampa e é feita através de quatro degraus; na Loja do Cidadão de Setúbal "o acesso para deficientes é muito longo, irregular e com declive acentuado".
Da avaliação da Deco, há oito edifícios que se destacam com os piores resultados, sendo uma repartição das Finanças de Braga, uma repartição das Finanças de Coimbra, dois edifícios da Segurança Social em Lisboa, uma repartição das Finanças e um edifício da Segurança Social no Porto e um edifício da Segurança Social e a Loja do Cidadão de Setúbal.
Todos tiveram mau na apreciação global, muito por causa de uma avaliação negativa em relação à área envolvente, às rampas na entrada, aos elevadores, escadas ou casas de banho.
"Em mais de metade dos edifícios que analisámos, há parques de estacionamento sinalizados para cidadãos com mobilidade reduzida. Por vezes, porém, os lugares reservados são demasiados estreitos para, por exemplo, movimentar uma cadeira de rodas", denuncia a Deco.
Por outro lado, a Deco encontrou pavimento irregular, com buracos, pedras ou gravilhas soltas em 14 parques de estacionamento e os edifícios com escadaria ou degraus à entrada possuem várias anomalias: "Em dez, não há corrimões, auxiliar importante para quem tem dificuldade em andar".
"Em 24 edifícios é necessária uma rampa, mas em oito casos não existiam. Num sítio foram encontradas no interior, mas qual a sua utilidade se uma cadeira de rodas não passa da porta de entrada devido à inexistência de rampas?", questiona a Deco.
Em conclusão, a Deco revela que "nenhum" dos edifícios da Segurança Social, Finanças ou Loja do Cidadão avaliados "está livre de barreiras arquitectónicas" e lembra que em 1997 as acessibilidades foram objecto de regulação normativa, dando sete anos de adaptação aos edifícios já construídos ou em construção, prazo alargado em 2006 para 17 anos.


Mariana Passos

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Associação Portuguesa dos Deficientes

"Associação Portuguesa de Deficientes é uma organização de pessoas com deficiência, constituída e dirigida por pessoas com deficiência.  Enquanto organização de direitos humanos, tem por objecto a promoção e defesa dos interesses gerais, individuais e colectivos das pessoas com deficiência em Portugal.
Baseada no princípio de que as pessoas com deficiência são os peritos em matéria de deficiência, que conhecem melhor que ninguém os problemas que enfrentam e as soluções para os ultrapassar, a APD não limita a sua acção à denúncia das situações de discriminação de que são objecto estes cidadãos. Analisa, dá pareceres, apresenta soluções, por forma a influenciar as medidas e políticas em matéria de deficiência.
Por outro lado, e ciente de que a igualdade de oportunidades e a plena participação das pessoas com deficiência não se consegue exclusivamente no plano normativo, exige também a sensibilização e o envolvimento da sociedade portuguesa no seu todo, a APD procura, através da diversificação e consolidação de contactos institucionais, que as questões relativas à deficiência sejam inscritas no plano mais vasto dos direitos dos cidadãos.
A APD pretende agregar todas as pessoas com deficiência, independentemente das deficiências, causas e origens. Tem implantação nacional, através das suas 20 estruturas regionais."

O grupo já teve oportunidade de visitar a delegação no Porto da APD e iremos colaborar com a mesma em actividades.

Mariana Passos

Hidroterapia



 
Catarina Pinto

Reabilitação motora: o que é?

O que é a reabilitação?
É um processo global e dinâmico orientado para a recuperação física e psicológica da pessoa portadora de deficiência, tendo em vista a sua reintegração social.
Está associada a um conceito mais amplo de saúde, incorporando o bem-estar físico, psíquico e social a que todos os indivíduos têm direito.


Qual a abrangência da reabilitação?
Para uma plena realização, as acções de reabilitação devem abranger campos complementares, como a saúde, a educação, a formação, o emprego, a segurança social, o controlo ambiental, o lazer, entre outros.


Como surgiu a reabilitação?
A reabilitação teve grande impulso e desenvolvimento no século XX, sobretudo no período posterior às grandes catástrofes mundiais, como foram as guerras. Foram, então, imputados aos governos os custos económicos, familiares e sociais decorrentes das lesões e sequelas dos seus cidadãos e exigidas medidas de reparação e integração.


Em que situações é necessária a medicina física e de reabilitação?
Doenças crónicas – Nas sociedades modernas, a melhoria das condições de vida, os avanços médico-cirúrgicos e a promoção e a generalização dos cuidados de saúde levaram ao aumento da longevidade e, como tal, ao progressivo crescimento do número de idosos. Paradoxalmente, ampliou-se, a par do aumento da esperança de vida, o número de doenças crónicas, frequentemente incapacitantes.
Sequelas neurológicas ou lesões derivadas da gestação e do parto – Os progressos na protecção materna e infantil permitem, hoje em dia, por seu turno, salvar crianças que sobrevivem com graves sequelas neurológicas ou outras lesões.
Acidentes de trânsito e de trabalho – A evolução tecnológica e as alterações nos estilos de vida têm levado ao surgimento de um elevado número de deficientes, vítimas de acidentes de trânsito, de trabalho e de doenças cardiovasculares, em idades cada vez mais jovens e produtivas.  


Quais são os profissionais responsáveis pela reabilitação? 
Para ser bem sucedida, a reabilitação deve envolver uma equipa multidisciplinar, composta por:
  • Fisiatras;
  • Enfermeiros;
  • Fisioterapeutas;
  • Terapeutas ocupacionais;
  • Terapeutas da fala;
  • Secretárias clínicas;
  • Auxiliares de acção médica;
  • Assistentes sociais;
  • Psicólogos.

Constituindo um trabalho integrado de diferentes profissionais, estes devem estabelecer uma estratégia com objectivos comuns e desenvolver acções convergentes e sinérgicas. Interessa por isso à maioria das áreas médicas, particularmente quando estão em causa situações potencialmente incapacitantes.
A Medicina Física e de Reabilitação surge como uma área de especialização médica, para responder à necessidade de apoiar as várias especialidades de forma global ou diferenciada. Procura contribuir, de modo científico, para a reabilitação/recuperação do indivíduo afectado funcionalmente por uma doença ou traumatismo.


Onde posso encontrar serviços de Medicina Física e de Reabilitação?
Em alguns hospitais, nos Institutos de Oncologia e em algumas estâncias termais.
Os centros de saúde são, por excelência, os responsáveis pela prevenção da incapacidade e pela orientação adequada do utente.
Nos serviços hospitalares são assistidas, sobretudo, as situações potencialmente mais incapacitantes.
Os centros de reabilitação são centros pluri ou monoespecializados dirigidos ao apoio aos grandes deficientes.
A criação dos serviços de reabilitação depende das características da população a que se destina e dos objectivos da estrutura em que está inserido.


O que são centros de reabilitação?
São estruturas vocacionadas para a resolução de casos mais graves, mas com potencial de recuperação e reabilitação, implicando a necessidade de tempos de intervenção mais prolongados (regime de internamento) e a intervenção de uma equipa de reabilitação multidisciplinar.


Como se processo a reabilitação?
  • Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e incapacidades existentes;
  • Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação;
  • Planeamento e prescrição do tratamento;
  • Coadjuvação e apoio das diferentes acções médico-cirúrgicas;
  • Prevenção do descondicionamento físico e psicológico, bem como todas as sequelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados;
  • Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração natural;
  • Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais;
  • Promoção da integração socioprofissional.
Fonte de informação: PORTAL DA SAÚDE
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm

Ana Moreira

domingo, 9 de janeiro de 2011

CIRCUITO DE ORIENTAÇÃO DE PRECISÃO


Os próximos circuitos de orientação realizar-se-ão no Porto a 30 de Abril de 2011 e em Vila Nova de Gaia a 1 de Maio de 2011.

Ajudar não custa! Para mais informações dirijam-se ao site :
http://gd4caminhos.com/eventos/circuito/

E não se esqueçam: "TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS!".
Ana Moreira